7.2.16

LLANSOL: A REINVENÇÃO DE PESSOA

O suplemento Ípsilon do Público da última sexta-feira traz uma primeira crítica ao recente Livro de Horas V, organizado por Maria Etelvina Santos. António Guerreiro destaca o trabalho imenso que se esconde por detrás deste longo e persistente trabalho de escrita em que Llansol, ao longo de trinta anos, reinventa Pessoa.
«Quem se interessar por penetrar e desbravar a sua obra imensa, este quinto volume do Livro de Horas (…) é precioso. Ele permite-nos perceber perfeitamente que Maria Gabriela Llansol nunca escreveu livros como unidades autónomas. (…) A sua obra é um imenso e intrincado puzzle, como sugere Maria Etelvina Santos na sua introdução. Neste aspecto, ela tem algumas afinidades com a de Pessoa. Maria Gabriela Llansol, podemos perceber, é também uma escritora póstuma, não apenas pelo imenso espólio inédito que deixou, mas também porque podemos aproximá-la da categoria nietzschiana dos 'homens póstumos', figuras de grande envergadura, que nunca são contemporâneos do seu próprio tempo.»
(A crítica de António Guerreiro pode ler-se clicando na imagem abaixo, ou arrastando-a para o ambiente de trabalho)