10.8.09


Pedro Eiras, professor da Faculdade de Letras do Porto, escritor e arguto leitor do texto llansoliano, tem alguns artigos e comunicações disponíveis online. O autor reunirá brevemente em livro os seus textos sobre a Obra de Maria Gabriela Llansol. Entretanto, remetemos para os seguintes:

- Recensão crítica a Maria Gabriela Llansol, Os Cantores de Leitura, in Colóquio-Letras, ed. online, Lisboa, Gulbenkian, Setembro de 2008:

«Pourquoi faut-il renoncer à bénédiction? Maria Gabriela Llansol et Simone Weil» , in : Actas do Colóquio Internacional La voix des femmes dans les cultures de langue portugaise : penser la différence, Agosto 2007.

«Les années 70 ont-elles existé? À propos de Finita de Maria Gabriela Llansol», in: Actas online do Congresso La Valeur de la Littérature pendant et après les Années 70: Le Cas de l’Italie et du Portugal, Universidade de Utrecht, 11 a 13 de Março de 2002.


9.8.09

CASAS DE ESCREVER


Mais uma revista – a Foro das Letras, da Associação Portuguesa de Escritores-Juristas (Llansol era formada em Direito) – publica no seu nº 17-18 (Julho de 2009) três fragmentos dos cadernos inéditos, centrados nas «casas de escrever», acompanhados de um comentário de João Barrento, onde se lê:

Nas «casas de escrever», nas várias casas de escrita por onde Llansol passa e em que continuamente vai renascendo – desde a casa paterna na Rua Domingos Sequeira, em Lisboa, à da avó em Alpedrinha, do apartamento urbano de Lovaina ao quarto minúsculo da granja de Herbais, que tantos livros viu nascer e crescer –, as palavras escritas nos Cadernos (quase sempre a esferográfica, de diversas cores) animam-se para dar corpo aos «múltiplos seres em mim». São, desde os primeiros escritos de infância e juventude, agora também descobertos no imenso espólio, casas dentro de casas dentro de casas, como revela o segundo fragmento escolhido, e afinal sempre a mesma casa arquetípica, arcano central desta Obra, que contém a escrita e nela está contida. Casas repletas de objectos, mas em si mesmas vazias, como o «mundo desabitado», «espécie de deserto à minha volta», à espera de serem preenchidas, mobiladas com formas e sentidos vindos – na carroça que atravessa «as ruas do meu interior»! – de outros lugares, cidades interiores «onde a imagem estava plena».

(Clique na imagem para ler)

5.8.09

LLANSOL «POETA» NO SUL DE FRANÇA

Cristina Isabel de Melo (a tradutora de O Jogo da Liberdade da Alma e O Espaço Edénico para francês) traduziu e leu «poemas» de M. G. Llansol (estâncias de O Começo de um Livro é Precioso) no festival À la rencontre des Suds, em Frontignan. As seis «estâncias» llansolianas foram publicadas no nº 83/84 da série dos Carnets des Lierles (pode ler-se uma dessas estâncias, no original e em francês, clicando na imagem).


Em Frontigan, Cristina viveu um «encontro inesperado do diverso», e afinal do mesmo, com Martine Llansol, professora de francês e membro da linhagem catalã-provençal dos Llansol. Martine Llansol já se correspondera em tempos com Maria Gabriela, e chegou mesmo a enviar-lhe um dia o brasão dos Llansol, antiquíssima família occitânica.
Assim se tecem as coincidências e os laços em torno deste texto sempre surpreendente...

2.8.09

A LUZ DE LER # 4: E R O S


Mais um fragmento dos cadernos manuscritos de M. G. Llansol, um feixe de luz breve e fulgurante lançado sobre o erotismo ______ do fazer do pão ao corpo da língua, das «coisas antigas» ao silêncio do pensamento e ao apelo dos livros na hora da sesta...