9.6.08


LLANSOL EM FRANCÊS E CASTELHANO

Duas revistas editadas respectivamente em França e no Luxemburgo – Décharge e Abril –, em francês e em castelhano, incluiram nos seus últimos números textos de Maria Gabriela Llansol em tradução.


A Décharge publica um dossier organizado por Cristina de Melo, artista plástica e poeta portuguesa radicada na Bretanha, que inclui, para além da apresentação da Autora e de um excerto do texto de João Barrento publicado aqui depois da morte da Maria Gabriela, uma selecção de textos extraídos de
O Começo de um Livro é Precioso, Amigo e Amiga e Os Cantores de Leitura. Na apresentação de Maria Gabriela Llansol, Cristina de Melo justifica a sua inclusão num dossier de «Cinco poetas portugueses» (para além de Llansol, Nuno Júdice, Maria Andresen, Cristina de Melo e Fernando Pinto do Amaral, presentes num encontro recente em Dijon): «Se em Portugal o texto de Llansol continua a ser visto como inclassificável, ele tem uma tal força poética e plástica que, sem pretender etiquetá-lo, não hesitei em inclui-lo nesse campo particularmente amplo que é o da experiência poética.» No mesmo número, o crítico Luce Guilbaud escreve ainda sobre a obra de Llansol, a partir dos livros até agora editados em França, Un Faucon au Poing e Les Érrances du Mal.


O «conto» incluído
no nº 35/2008 da revista Abril (que se edita no Luxemburgo, e dedica este número à memória das escritoras José Ensch e Maria Gabriela Llansol) é o fragmento LXII de Contos do Mal Errante, e foi escolhido pelo responsável por este número dedicado ao conto de autores de língua portuguesa de todo o mundo, o tradutor António Gonçalves, que oferece estes textos aos leitores como «amostras, pontos de partida para a descoberta da Obra de cada um dos autores, dos mundos físicos e imaginários neles presentes. Como um convite à viagem, uma etapa – ou talves se possa dizer uma 'tapa' para ir abrindo o apetite.»
Em breve mais quatro revistas – duas que se editam em português, uma em todas as línguas neolatinas e outra em italiano – publicarão textos de Maria Gabriela Llansol, desta vez inéditos dos Cadernos do espólio (que continuamos a classificar e tratar).